31 agosto 2007

TREMIDA, TERMINA e TER MINA

A rua me levava. Saí sem rumo, e os caminhos colocaram-no em meu destino. Não o via há muito, não sei exatamente quanto. Ao nos vermos: sorriso. Gostamos um do outro, apesar de não termos o mesmo contato de antes.
Ele não mudou. O corte de cabelo, o jeito de vestir, a voz, está tudo igual. No entanto, percebo que sua companheira e fiel escudeira não está ao lado. Reparo que o anel representando a união também faltou.
Acho melhor não questionar, pelo menos por hora.
Pergunto como está. Bem, ele responde. Me interesso por saber dos amigos que temos em comum. Ele me dá detalhes sobre aqueles com quem tem contato.
Penso em perguntar sobre ela, melhor não
Falamos sobre música popular, nossa paixão em comum. Ficamos sem assunto em seguida, penso ser a hora de questionar sobre ela, mas puxo outro papo
Conto o que tenho lido e os filmes e peças que têm me seduzido. Ele morde a isca, e conta os dele também.
Não tem mais jeito. Encho o peito de coragem. Pergunto.
Não estão, realmente, mais juntos.
Tem saudade, me atrevo a perguntar.
Sinto falta da TREMIDA que ela dava antes de dormir, diz de bate-e-pronto.
Tento falar, ele interrompe.
Meu amor nunca TERMINA, segue dizendo.
Tento hoje ficar sem TER MINA

Ele segue com mais um monte de histórias. Eu já não ouço mais, só escuto e penso sobre como palavras tão parecidas podem ser tão diferentes:
TREMIDA, TERMINA e TER MINA

30 agosto 2007

O dia começou assim

Meu dia começou daquele jeito
Tinha que estar no trabalho às oito e meia. Eram oito e quinze quando eu entrei no banho
Meu banho não é dos mais ligeiros, ainda enrolei embaixo do chuveiro
Quando saí do banheiro tinha ligação de uma pessoa que estava já a minha espera no serviço
Putz!!!!!
Bateu o pânico
Na melhor das hipóteses, iria demorar pelo menos mais uns 40 minutos
Pedi a ela que me esperasse, que não avisasse meus chefes sobre meu atraso
Coloco roupa, como se mudam os pneus na formula 1
Vou pegar meu carro que dormiu na casa do meu irmão,
Chego lá, o pessoal ainda está dormindo
Toco campainha, e nada
Várias vezes e nada
Resolvo ligar para casa dela
Mas não tenho o fone
Ligo pro meu pai e peço o número
Ao invés dele me passar logo de cara, ele pergunta o porquê
Tento explicar, ele quer mais detalhes
Mando ele a merda e peço a porra do fone
Ele entende o recado e me passa
Ligo 3 vezes até o pessoal acordar
Mas aí vem a pior parte
Minha cunhada me diz que não tem a chave do portão em que está meu carro
Que meu irmão a levou para o trabalho
E que seria necessário arrombar o portão
Penso bem.
Vejo que se tirar o carro dela, talvez consiga tirar o meu pela metade em que está o dela
Dou a idéia
Ela me passa a chave do carro dela e volta para casa
Tiro carro dela
Vejo que ele está batido na lateral
Faço duas ou 3 manobras e (ufa)
Consigo tirar o meu
Guardo o dela
Sigo para o trabalho
Sem antes passar no posto
O combustível não daria para chegar
Vou ligando pros amigos do serviço
Para saber a quantas andas
E ligando para a cliente e pedindo (já com uns pelo amor de deus antes) que não entre sem minha presença
Detalhe, quando falei com ela a primeira vez disse que demoraria uns 10 min para chegar
Um amigo me informando como estão as coisas no serviço
Estão todos aqui, a postos
Começaram o trabalho
Todo mundo está no serviço
E por aí vai
Quando chego na portaria, vejo que o carro do meu chefe saindo
É realmente estou atrasado
Consigo entrar
Vou ao encontro dos trabalhadores braçais, de passo em passo
Me deparo com um colega que já terminou o trabalho dele
QUE TETA HEIN, diz ele
Subo ao encontro do pessoal
Meio escondido, com cara de quem peidou na missa

Me mexo
Acordo
Ufa
Era sonho

Roteirista

Hoje cedo encontrei com uma amiga no MSN. Ela nunca entra pela manhã. Achei estranho e resolvi puxar conversa:

- Oi sua sem-vergonha - disse eu
- Olá, sua tralha, como está? – respondeu ela
Porém, antes mesmo da minha réplica.
- Você ficou sabendo do acidente do meu irmão?
- Não, o que aconteceu?, respondi com alguma preocupação
- Ele bateu o carro na estrada, vindo para cá.
Meu pensamento já viajou. Batida de carro em rodovia nunca é coisa leve, sempre dá merda.
- Um caminhão estava no sentido contrário, perdeu o controle, invadiu a pista e pegou o carro do meu irmão
Cassete. Agora deu frio na barriga. Conheço as estradas por lá, sei que são em sua maioria em pista que vem e outra que volta.
Ela não escreve mais nada. Eu mando uns dois pedidos de atenção, mas minha cabeça já está imaginando como eu poderia fazer para ir até Uberaba ver meu amigo. Imagino o desespero do pessoal.
- Mas e aí? – pergunto eu.
- Ele está no hospital
Tomo coragem
- Cassete, mas ele está bem, corre risco?
- Não, quebrou o braço e fêmur, este segundo fratura exposta.
Putz, que alívio. Por dois minutos, já estava procurando minha roupa preta, completamente desesperado achando que ele tinha ido dessa para uma melhor (dessa vez usando o ditado no sentido literal).
Mas pensa bem. Não foi exagero meu. Essa minha amiga deveria ser roteirista de cinema. Não era mais fácil ela dizer: Olha meu irmão sofreu um acidente, mas está tudo bem com ele... e depois dar os detalhes do fato ocorrido?
Essas fraturas dele são bem chatas, pelo pouco que sei. Uma grande amiga minha sofre umas num acidente de carro e ainda hoje, meses depois, não está completamente recuperada.
Mas, ao final do papo, eu já estava achando um baita lucro ele só ter quebrado o braço e o fêmur, que é o maior osso do corpo e chato para caramba de voltar ao normal. Culpa da querida amiga e seu jeito de contar as coisas.

29 agosto 2007

Com ele é festa garantida

Conhecido e venerado desde dos tempos de Jesus Cristo, o vinho também é meu grande amigo. Não lembro ao certo quando o conheci, mas sei que há pelo menos uns quatro anos nossa amizade é cada vez mais forte.
Não sou, e nem quero ser, um profundo conhecedor da iguaria. Não sei da safra, não entendo de aroma, desconheço a procedência e os outros detalhes. Mas gosto da presença desse fiel amigo.
Geralmente compro o mais barato. A dona da Adega já até sabe qual é meu preferido, foi ela mesmo quem me indicou e transformou-o em meu fiel escudeiro.
Como não sou de guardar bons segredos, revelei o nome e origem desse vinho a muitos amigos que provaram dele na minha casa. Um deles apaixonou-se também. A ponto de comprar umas garrafas para o dia do casamento.
O tal casório promete. Padre, noiva e noiva confirmados. Padrinhos estarão lá. Muitos amigos também. E ele, meu parceiro o Vinho, também dará o ar de sua graça, e deixando a festa mais doce e alegre.

28 agosto 2007

Indústria da farmácia

Como jornalista bem informado, tenho uma notícia em primeira mão. Inventaram um bom remédio para um dos maiores males da humanidade moderna. Não, amigos, não é uma droga contra câncer, AIDS ou coisa do gênero. A novidade combate um mal bem pior: a saudade.
É bem verdade que não serve para todos os casos. A saudade carnal, por exemplo, não é combatida por esse invento. Mas para os outros tipos dessa universal enfermidade, eu garanto que o remédio funciona.
Pois vamos ao exemplo. Tenho duas pessoas queridas que estão longe, muito longe. Desde que foram dessa para uma melhor (não, eles não morreram, foram apenas para a República melhor) eu uso essa tal droga contra a saudade.
Quase toda noite, me posto em frente ao computador e os vejo como se estivessem aqui, na sala de casa. Conversamos como se estivemos batendo papo e todos participam. Os dois do lado de lá e nós (o numero de gente desse “nós” é variável) daqui.
Olha pode parecer bobagem, mas que o aparelhinho ajuda demais a não termos uma enorme saudade, isso é fato. Como uso Internet sem fio, to pensando em levar meu micro a um restaurante e assim almoçar ao lado deles, como fazíamos todos os sábados.

27 agosto 2007

Ufa

Eu queria ser louco. É verdade. Maluco, mas não desses que andam pela rua, vivendo a margem da sociedade, implorando por ajuda alheia.
Queria ser biruta, para ter coragem de fazer coisas que não tenho. Ser mais desprendido. Deixar de respeitar certas ordens e consensos universais do bom comportamento social.
A primeira coisa que faria, seria confessar que morro de medo altura. Que brinquedos altos de parques de diversões até me divertem, mas é uma luta para que eu não tenha um ataque nervoso.
Minha segunda ação seria só trabalhar de bermuda em dias quentes. Pó, é uma ignorância a gente usar calça em dias de Sol, ainda mais para mim um calorento.
Também não iria mais combinar roupa. Dane-se se a camiseta não é parceira da calça (bermuda no caso), e nem ligo se está última se dá mal com o calçado. Roupa é como música, é um estado de espírito. Uma forma de expressão. Acho um saco usar algo que combine, mas que não comunique o que sou naquele dia.
Estava pensando sobre isso com uma amiga, quando disse à ela:
- Poxa, eu queria ser louco.
E ela respondeu:
- E você não é?

Que alívio

22 agosto 2007

Criança

Criança é negócio espetacular mesmo. Dias desses, depois de bom tempo, meus sobrinhos vieram ficar um tempo aqui conosco. Tenho dois. Uma menina linda de cinco anos e um moleque não é menos gracioso de dois aninhos.
Ela é esperta, carinhosa, inteligente, viva, linda e mais uma cacetada de coisas. Mas quero falar é do menino.
Ainda arranhando as palavras, o sem vergonha mais entende do que fala. Entende tudo que lhe digo, mas a recíproca está longe de ser verdadeira. Compreendo, com heroísmo, uns 37% do que ele tenta me contar.
E o pior de tudo isso é que nos comunicamos muito mesmo assim. Como pode? Ele tenta me dizer. Eu faço um baita esforço para entender. Não consigo. Mas mesmo assim nos entendemos.
Porém uma coisa o rapazinho já sabe. Você acredita que aos dois anos, ele já gosta de futebol. Quando disse a ele que ia embora para jogar uma bolinha com uns amigos, ele foi categórico.
- Nenê (ele no caso) joga bola tio.

Lindo, né?

21 agosto 2007

Cansei

Há algum tempo queria escrever o que acho desse tal movimento Cansei
Para não ser repetitivo, vou citar uma frase e uma charge.
A frase é (quem diria) do Luciano, que ficou famoso por ser imão do Zezé e por parecer o Labanja.

Já a charge é do Angeli, o pai dos Skrotinhos



"Como é que eu vou apoiar um movimento liderado por alguém que promove desfile de cachorros?" , LUCIANO CAMARGO cantor sertanejo.


20 agosto 2007

Só o dono sabe

Tem uma música que o Zeca Pagodinho canta (não sei quem a escreveu) que é muito verdadeira. O verso principal da canção diz “Só o dono da dor, sabe o quanto dói”. Sei bem que a verdade é relativa, como já escrevi, mas esta frase é quase absoluta.
Estava eu cheio de pesares no pensamento, lamentando fatos que acontecem na vida e sobre os quais a gente não tem poder de mudar. Nisso, me vem ao encontro um colega de trabalho.
Sei que ele tem algum tipo de problema com a pequena filha, mas nunca tive a chance de perguntar o que era. Um amigo nosso em comum, tinha me dito que a menina de cerca de três anos tinha algum tipo de câncer.
Foi então que questionei sobre a filha. Ele abriu dizendo que estava como sempre, que era assim mesmo, uma luta diária, sem saber ao certo qual seria o resultado. Mas ele e esposa continuavam na luta.
Perguntou-me se eu tinha filhos. Respondi que adoro crianças, mas que no momento não tenho lá grandes condições para tal, mas que era, sim um grande sonho.
Ao me responder, ele disse.
- Foda cara, é que vimos ela nascer, crescer. Ela chamava papai e mamãe. Eu senti o gostinho de ser pai, sabe. E agora que ela está em coma há sete meses, é bastante duro. A gente sonha que vão encontrar um novo remédio, ou coisa do tipo. Mas é muito doloroso.
Lembra, quando falei que estava eu com meus problemas?? Ah, deixei-os de lado e tentei sentir o que ele passava. Doeu bastante em mim, me imaginar naquela situação.
Mas para esse meu colega e para sua esposa, a dor deve ser bem maior.

19 agosto 2007

Perto do Ócio

Regularidade não é meu forte. Sou mais chegado ao de vez em quando, sabe... sem grande regras. Mas queria escrever todo dia quando pensei nesse blog. Acontece que final de semana não é dia.
Há pelo menos cincos anos, eu trabalho todo final de semana. Sábado e domingo sempre foram dias comuns de trabalho. Entretanto, tenho repensado várias coisas e esse final de semana foi do Sr. Ócio.
Boa atividade, boas conversas e grandes companhias. Vi gente que não encontrava há muito e revi amigos que voltaram a estar mais presentes na minha vida cotidiana. Dei risadas, bati papo e tudo mais que meu médico mandou.
Mas como a vida não nos permite um dia inteiro sem compromisso algum, tive que cumprir a tarefa mais regular da minha vida nos últimos meses. Levei meus cachorros para tomar o banho semanal.
Não tem jeito, não consigo ficar nem um dia sem uma tarefa para cumprir.

17 agosto 2007

Tudo é uma questão de referência

Adorava filosofia quando estava nas cadeiras da faculdade. Quem me dava aula era uma velhinha (mas bem velhinha mesmo) toda terça-feira. Nos primeiro meses, eu quase não entrava assistia aula dela, na verdade não via quase nenhuma.
Passadas, porém, as férias de julho resolvi que deveria finalmente estrear nas aulas para quem sabe, um dia, me formar em comunicação social. Foi aí que comecei a gostar daquela piração.
E umas coisas que mais me chamaram a atenção naquelas manhãs de terça-feira era a reflexão sobre a verdade. Eu nunca tinha pensando que a verdade é variável e que depende bastante de referências, repertório e etc.
Pois dias desses tive um exemplo de como a referência muda uma verdade de forma significativa.
Um amigo recebeu uma nova proposta de trabalho e não estava decidido a aceitar, muitas dúvidas estavam na cabeça do rapaz. Aí ele veio conversar comigo a respeito, queria saber da minha opinião.
Sua principal dúvida era com relação ao salário, que não era muita diferença entre o que ele ganhava e o que viria a receber. A proposta dos interessados era apenas “12 mil” reais maior que o salário que ele recebia.
E o pior, concordei com ele que a proposta não era assim tão tentadora. Mas existia outras vantagens, expliquei eu, que eram mais importantes nesse momento. Era uma empresa maior, maior visibilidade e etc.
No meu lugar só pelos 12 mil eu daria até pirueta. Não precisava ser 12 mil a mais, como era o caso dele. Mas para ele era pouca coisa mesmo. Menos de 30% do que ele recebia e que não mudaria a vida dele.
Minha professora, de quem não lembro o nome, tinha razão.

Crise nas bolsas

Caramba, as bolsas estão em crises. Segundo alguns especialistas foram 209 bilhões de reais que só as empresas brasileiras desde o começo dessa turbulência mundial. E olha que o presidente dos nove dedos disse que o nosso país estava livre do problemas nos mercados globais.
Em contraponto vi uma notícia que também causa grande tumulto às bolsas. Uns muleques têm roubado as pessoas desavisadas em plena luz do dia perto da estação da Praça da Sé, em São Paulo.
Minha conclusão nesse caso é até bastante simples. Quem guardou seu dinheiro na bola em qualquer uma dessas duas situações deve estar morrendo de medo.

16 agosto 2007

R$ 217 mil

R$ 217 mil

O expressivo número acima é (segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo) o valor da pensão alimentícia que Flávio Maluf, o filho do ex-governador Paulo Maluf, paga para a sua ex-mulher, cujo o nome eu me esqueci agora.
Não acho que venha ao caso perguntar de onde esse Flávio tira tanto dinheiro. Nem mesmo lembrar que o pai dele foi acusado de uma cacetada de falcatruas e pilantragens em geral, como desvio de dinheiro público, superfaturamento de obras e etc.
O caso é que ex-mulher é um bicho arretado. Lembrei me agora da ex-mulher do Valdemar da Costa Neto (aquele excelentíssimo deputado que usa o codinome Boy, em Mogi das Cruzes), que separou e foi a público contar todas as negociações “sujas” em que o político estava metido. A encrenca foi tão grande que o “coitado” do Boy pediu renúncia do cargo e teve que ficar durante um bom tempo escondido.
Seria leviano, se eu achasse que nesses 217 mil tem um “cala-boca” para a lépida ex-nora do Malufão. Duvido que se ela soubesse de alguma coisa, realmente comprometedora, iria se contentar com essa miséria mensal, quase uma esmola.
Nessas horas eu penso só uma única coisa: Por que esse viado do Flávio Maluf não casou comigo?? Pô, por 217 milão eu me apaixonaria por ele fácil.

15 agosto 2007

Lugar errado, na hora errada

Lugar errado, na hora errada

Um jornalista sempre sonha em estar na hora certa e no lugar certo. Dar o grande furo, a notícia mais quente do dia, antes de todos os concorrentes. Tem profissional que é até pirado nisso. Porém hoje me deparei com uma repórter que estava antes de todos na grande notícia. E ela detestou isso.
Minha amiga foi a primeira pessoa a chegar no prédio da Tam Express, minutos (instantes na verdade) após o enorme avião descontrolado e cheio de gente bater naquele pedaço de concreto matando 199 pessoas.
Minha amiga estava ali por acaso. Tinha ido no aeroporto fazer uma passagem (aquela parte da reportagem de Tv quando o reporter aparece falando) de uma matéria que nem era dela.
De repente, ela ouve um barulho enorme a menos de cem metros de onde estava. Olha pro lado e vê que a MERDA era grande. Um avião da Tam (sempre a Tam) bateu de frente a um prédio, que por ironia era também da companhia do finado comandante Rolim.
Em reação imediata e com as pernas tremendo ela e a equipe foram correndo ver o que era. Porém, ao contrário do que manda o manual do jornalista, ela não queria gravar, entrevistar ou coisa e tal. Pensava apenas em ver se alguém precisava de ajuda.
Ao chegar no prédio, a visão do horror. Um fogo alto, barulho e vidros estourando a todo momento. Pessoas estão nas fachadas do prédio querendo pular de uma altura de cerca de três andares.
É impossível chegar mais perto, o fogo e os vidros voando pelo alto impedem qualquer reação. Minha amiga só tenta passar tranqüilidade as pessoas que estavam querendo pular do prédio e fugir daquela bola de fogo.
A partir de então cenas ainda piores que não devem e nem merecem ser contadas se seguiram, até que o corpo de bombeiros chegasse ao local e conseguisse acabar com as chamas do prédio.
Conheço muito jornalista que adoraria estar na pele da minha amiga e que teria tirado grande proveito da situação. Entretanto, a frase dela disse exatamente o que eu penso:
“Estava no lugar errado, na hora errada”...

14 agosto 2007


Nasceu o Faz quarqué coisa aí

A autoria da frase que dá nome a esse blog é criação de um grande amigo. Ele só usa essa expressão quando a coisa está feia. Quando não existe mais solução, o sábio diz “Faz quarqué coisa aí”. É uma forma brasileira, caipira e bonita de dizer: FUDEU.
E isso que acho que vai ser essa página pelo tempo em que existir. Escreverei aqui as “quarqué coisa da vida” tendo ou não leitores, existindo ou não assunto.
Sempre que a coisa apertar, o “Faz quarqué coisa aí”, entrará no campo de batalha. Armado até os dentes dos meus pensamentos e minhas idéias malucas.

É mais ou menos por aí