29 outubro 2007

Eu digo e ela não acredita

dizem.....
Que Deus muito cansado da mesmice que existia na Terra, resolveu melhorar as coisas. Fez um criatura linda. Bondosa. Inteligente. Que beirava a perfeição.
Pensou em enviá-la como um anjo, mas temeu que as pessoas não iriam acreditar.
Afinal os céticos diriam que um ser de asas, aureola e flutiante não pode existir
Os malucos acreditariam que a visão seria fruto do chá de cogumelo.
Foi então que o Papai do céu teve a idéia de mandá-la com um ser humano.
Porém a idéia tinha sido tão boa, que o Todo Poderoso não teve coragem que acabar com as qualidade e tirou-lhe apenas as asas. Deixou todo o resto.
O brilho do anjo ficou nessa menina, que ilumina onde quer que esteja.
Dona de uma luz forte como uma estrela.

19 outubro 2007

São Paulo minha amante

A história que eu contei abaixo é nítida para quem vive em São Paulo.
Como sou de uma cidade próxima da maior capital do Brasil, tenho o privilégio de viver perto, porém muitas vezes distante de São Paulo.
As pessoas de lá se vangloriam de morar em uma cidade completa. Infinitas opções de comida, diversão, passeio e cultura. Sem contar os belos parques e prédios. Os museus, os shows, tudo que a civilização tem.
Amo essas coisas todas. Porém o preço que a mesma civilização cobra acaba comigo. Odeio trânsito. Não consigo entender com alguém consegue morar em um lugar onde se leva 40 minutos, as vezes uma hora para andar dois quilômetros de carro.
Amo São Paulo mas a tenho com amante. Só a noite ou nos finais de semana. Nos dias normais sigo aqui com a minha guerreira e amada.

Harmonia

Certa um professor me contou a curte história. Antropólogo, estava ele num desses congressos onde um monte de ditos especialistas discutiam o problema ambiental. Foi então que um gênio bateu na mesa e declarou.
- O aquecimento global é fruto do capitalismo selvagem, disse o representante de uma Ong ou coisa que o valha.
Nesse mesmo momento, um índio, que era convidado do evento, interviu.
- O senhor está enganado. O problema é capitalismo civilizado. As coisas selvagens, funcionam em harmonia.
Faz sentido.

10 outubro 2007

... não faço mais planos

Esse texto também não meu... mas de alguém bem parecido


...até que pudéssemos casar de verdade, viajar na lua de mel, reunir muitos amigos, até que pudéssemos finalmente fazer aquela viagem pra Ilha do mel, pra França ou pra Madagascar, até que viesse mais um filho, até que um de nós resolvesse colocar silicone ou lipar alguma coisa(essa seria eu), até que pudéssemos trocar de carro, comprar um maior pra família toda, até que pudéssemos quitar nosso primeiro apartamento pra depois comprar aquela casinha no condomínio fechado que sempre sonhamos, até que os meus e o seus pais estivessem bem velhinhos, até que eles pudessem curtir os netos, até que a gente montasse nosso próprio negócio, até um de nós escrever um livro, até os filhos crescerem, até que eles dançassem quadrilha na escolinha, ficassem adolescentes e depois fizessem suas faculdades, até que eles começassem a se parecer com a gente quando eu te conheci, até que a gente começasse a ficar parecido com seus pais, fazendo reuniões familiares aos fins de semana, reunindo amigos pra tomar cerveja e jogar conversa fora, até que sentíssemos saudades dos entes queridos que vão indo naturalmente embora, até que pudéssemos estar sempre confortados nos braços do outro, até que novos menbros fossem chegando à família, nossos netos, outros amigos, novas gerações, até que nossos cabelos brancos se tornassem os protagonistas da história, até que pudéssemos passar horas numa rede ou num banco na varanda de casa, contando histórias, rindo e lembrando de como quase fomos capazes de estragar tudo, até que chegássemos a conclusão de que nascemos um pro outro e de que havíamos feitos as escolhas certas, até que fôssemos capazes de perdoar todos os nossos erros e fraquezas, até que pudéssemos entender que esse amor seria suficiente para superarmos e vencermos tudo, até que nosso desejo sexual se fosse, mas também até que restasse o amor, o humor, o dialogo, o companheirismo e o carinho, pois no final é sempre o que vale mais.
Enfim, o plano era fazer todas as bodas possíveis, ficarmos bem velhinhos juntos pra sempre...mas alguém mudou de idéia. Agora não faço mais planos

09 outubro 2007

... as estrelas já estavam comigo

Essse texto não é meu, mas é lindo


O convite para entrar no carro preto, de vidros pretos, parado no estacionamento. Estava tudo combinado. Eu sabia exatamente aonde e com quem ia, mas não o que me esperava. O samba? Bem, não tinha mais samba. Havia, sim, uma mesa e excelente companhia. Em curto espaço de tempo, já tínhamos falado de tanto que de pouco consigo me lembrar.

Mágico! O quintal da casa ia fechar e, antes que fôssemos os últimos a sair, deixamos o lugar. Para onde? A pé, a esmo. Eu conhecia o quarteirão, mas não me importei com a escolha do caminho. Queria ser levada. Tinha fome! Comemos. Pensando bem, acho que as pizzas demoraram para chegar à mesa. Juro que não contei o tempo. Convenhamos: nem o senti passar. Agora, a gente sabe que pode pedir uma só da próxima vez.

Rimos muito, sorri muito. E tinha mais! Daí em diante, já não reconheço os pormenores. Recordo-me apenas de uma névoa clara, forte e aconchegante, mistura de laranja com mel, agridoce. Não existia antes, não existia depois – e ainda não há. Sei do calor, sei do carinho, sei dos meus olhos fechados... talvez imaginando tudo isso só para que pudesse descrever agora.

Confesso que não observei o céu (... as estrelas já estavam comigo).

Acho que, nisto, reside a maluquice da vida: quando algo que foi sempre possível, mas nunca palpável nem previsto, acontece. É o inesperado. São as "primeiras vezes", experimentadas com mais freqüência por quem anda por aí docemente alerta, olhando um pouco para o chão e outro tanto para o céu, em busca das tais estrelas que não hesitam em cair nos nossos braços, quando abertos a tempo.

08 outubro 2007

Ele me empurra

Quando bem novo e pequeno, festa na minha rua era sinônimo de samba. Praticamente todas as festas tinham um batuque para alegrar o clima e espantar a tristeza. Nenhum deles eram músicos. As vezes tinha um cavaquinho (que tocava umas 3 ou 4 notas), o Joãozinho na Timba, alguém com chocalho ou pandeiro e todo mundo cantando.
Na ausência de um cavaquinho, acontecia do mesmo jeito. A preocupação não era a qualidade musical. Era a forma que meus vizinhos tinham de cantar e se alegrar entre eles. Valia até tocar num banco de plástico, que até hoje tenho em casa.
As festas paravam há muito tempo. A idade foi chegando e aqueles jovens pais, hoje tão tem mais o pique de antes. O Joãozinho também se foi. Tens alguns anos, foi fazer musica com sua inseparável timba ao lado do papai do céu.
Mas era tudo tão gostoso que nunca saiu da minha lembrança.
Talvez por isso, o samba tenha um poder incrível que elevar meu astral e de me deixar mais contente. Nos últimos tempos tenho recorrido bastante a ele para fazer-me espantar uma tristeza chata e insistente que cisma de ser minha amiga.
Baixei Paulinho da Viola na internet. Fui em ensaio de escola. Voltei a ouvir meus discos do Zeca, largados há tempos.
Junto que com meus bons amigos e parentes, o samba me empurra para frente e não me deixa parar.




“Quando tudo parece que estar perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é bom amigo
Quem tá contigo quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo
E também a gostar de quem gosta de mim”

06 outubro 2007

Pai Nilson?

Semana passada o Corinthians recorreu aos trabalhos de um tal Pai Nilson para espantar a má fase que ronda o clube. Segundos os dirigentes do clube, depois de feito o serviço, viria um tempo de calmaria e bonança. Macumba, trabalho ou sei lá como chama isso, o fato é que esse tipo de serviço tem enorme espaço na cultura brasileira.
Recorro mais uma vez aos meus tempos de menino para ilustrar essa história.

Costumávamos andar de carrinho de rolimã, numa rua duas quadras abaixo da minha. Era uma ladeira de asfalto, que na época com baixo fluxo de carro.
Na esquina que dávamos partida, era normal ter sempre um trabalho junto ao poste. Não sei exatamente a razão, mas é fato que durante muito tempo alguém usou daquele cruzamento para ser lugar sagrado.
Como éramos meio malucos, não tínhamos medo daquele negócio que sempre juntava uma bacia com comida, algum tipo de bebida e umas velas. Era comum a gente comer pipoca, beber Tubaina, ou mesmo chutar aquela oferenda toda.
Para completar a seção de maluquices, enfrente a essa esquina havia uma pequena igreja de sei lá qual religião. Certa vez, eu e meus amigos descobrimos por acaso um estoque de refrigerante no local.
Estávamos brincando por lá, resolvemos pular dentro do salão de festa e encontramos nossa bebida preferida. Confesso, que abrimos umas garrafas e desfrutamos da iguaria.

Que esquina boa. Pipoca de um lado e refrigerante do outro. Entre os dois, uma animada corrida de carrinhos de rolimã.

05 outubro 2007

Eu

Guilherme:
Indica um homem que se orgulha da sua força (física, mental ou moral) e se vale dela para auxiliar a pessoas de quem gosta. Do alemão "protetor, defensor".

Será?

03 outubro 2007

Bichinha informante

Meu amigo me preocupava. Enfrentava uma fase complicada na vida e não nos dava brecha para saber como estava. Apesar de brincalhão e um tanto simpático, ele não conversava sobre coisas pessoais, sua dor e sofrimento.
Tentei várias vezes e por tantos meios saber como ele estava, se precisava de alguma coisa. Porém, ele sempre podava aqueles que tentavam avançar as barreiras estabelecidas.
Já tinha perguntado sobre a ele à muitas pessoas. Todos tinham a mesma resposta que eu. Diziam que nosso amigo parecia bem, mas pouco queria conversar a respeito do ocorrido.
Foi então que resolvi perguntar para uma bichinha que conheço. É impressionante como esse viado, sabe da vida dos outros. E tinha certeza de que ele teria novidades quentinhas.
Não me enganei. Disse a bichinha que encontrava meu amigo direto, sempre. Que antes ele parecia estar mal. Com os olhos fundos, cara de cansado, mal mesmo. Porém nos últimos tempos, o rapaz parece ter melhorado.
Anda sempre em companhia de uma cabeluda (para mim todas as mulheres o são, mas a bichinha disse que essa era mais). Está mais bem vestido. Alegre e com ar mais “up”, segundo meu informante.
Dias depois encontrei meu amigo e disse de cara.
- Fiquei sabendo que você está melhor e contei a história do antes mal e da cabeluda.
Meu amigo matou na hora.
- Já sei a bichinha te disse que me viu, né. É verdade. Encontrei como eles duas vezes (não sempre como disse meu informante). Na primeira, eu tinha acabado de correr sete quilômetros, estava acabado e fui tomar um suco. Já na outra vez, eu estava indo trabalhar, com roupa de quem vai sair, e encontrei por coincidência uma amiga que não via há tempo. Conversamos muito, demos risadas e fomos para o serviço....

Bichinha exagerada

02 outubro 2007

Meu dia de Tom Cruise

Como faço quando tenho manhãs livres, resolvi dar uma corrida hoje cedo. Antes de contar a historia, porém, preciso ilustrar o local onde faço minhas atividades.
O parque tem uma pista em formato de taco de golfe. Uma reta grande, com uma bola na ponta. Começo sempre pela ponta. Corro primeiro a reta, completo a parte circular e volto ao começo passando pela reta até chegar ao ponto de largada.
Segundo a medição pista, essa volta tem dois quilômetros e meio. Dou pelo menos duas voltas e corro assim cinco kms.
Eu já estava perto de concluir a primeira volta quando vi duas meninas andando pela pista, vindo de frente a mim. Até aí, nada demais, é normal pessoas caminharem por lá. Quando estava há uns 20 metros delas tentei desviar, mas as meninas foram para o mesmo lado.
Pensei ser um mal entendido, e mudei de lado novamente. As duas deram as mãos e fecharam a pista de corrida. Olhei para trás, pensei que brincavam com algum amigo. Mas não havia ninguém.
Eu já estava muito perto, fui para a grama e desviei delas, que nessa hora já pulavam e tentavam me agarrar. Quando passei, ouvi uma das duas gritar:
- Pára, você é muito gostoso.
A outra falava coisas que, juro, não entendi.

Terminei a primeira volta e parti para a seguinte. Como elas andavam no sentido contrário ao meu, as encontrei no começo da parte circular da pista, bem no final da reta.
Elas perceberam minha chegada e tentaram me parar novamente. Começou a gritaria e uma delas implorou para que eu parasse.
- Para, por favor, pára, fala com a gente.
Desviei, mais uma vez pela grama. Mas elas não desistiram e começaram a correr atrás de mim. Tentando puxar-me pela camisa. Apertei o passo, pedi desculpas, disse que estava treinando e segui.
Corri ainda mais rápido, ouvindo gritos histéricos.
Mas ainda faltava completar a parte circular e elas se mantiveram onde estavam.
Peguei um atalho, foi pelo bosque e me livrei daquele ataque de fãs.

Me senti um ator, um cantor, um jogador de futebol. Nunca imaginei ter duas meninas tentando me agarrar em local publico em plena luz do dia.
Tive pena dos bonitos e famosos. Se eu feio e pobre tive esse assédio. Imagina o Tom Cruise............. o coitado deve sofrer.

01 outubro 2007

Pensamentos quase póstumos

Abro meu espaço hj...

Pensamentos quase póstumos

LUCIANO HUCK


LUCIANO HUCK foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura.
Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio.
Por quê? Por causa de um relógio.
Como brasileiro, tenho até pena dos dois pobres coitados montados naquela moto com um par de capacetes velhos e um 38 bem carregado.
Provavelmente não tiveram infância e educação, muito menos oportunidades. O que não justifica ficar tentando matar as pessoas em plena luz do dia. O lugar deles é na cadeia.
Agora, como cidadão paulistano, fico revoltado. Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa.
Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável.
Passei um dia na cidade nesta semana -moro no Rio por motivos profissionais- e três assaltos passaram por mim. Meu irmão, uma funcionária e eu. Foi-se um relógio que acabara de ganhar da minha esposa em comemoração ao meu aniversário. Todos nos Jardins, com assaltantes armados, de motos e revólveres.
Onde está a polícia? Onde está a "Elite da Tropa"? Quem sabe até a "Tropa de Elite"! Chamem o comandante Nascimento! Está na hora de discutirmos segurança pública de verdade. Tenho certeza de que esse tipo de assalto ao transeunte, ao motorista, não leva mais do que 30 dias para ser extinto. Dois ladrões a bordo de uma moto, com uma coleção de relógios e pertences alheios na mochila e um par de armas de fogo não se teletransportam da rua Renato Paes de Barros para o infinito.
Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso.
Confesso que já andei de carro blindado, mas aboli. Por filosofia. Concluí que não era isso que queria para a minha cidade. Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós? Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro.
Escrevo este texto não para colocar a revolta de alguém que perdeu o rolex, mas a indignação de alguém que de alguma forma dirigiu sua vida e sua energia para ajudar a construir um cenário mais maduro, mais profissional, mais equilibrado e justo e concluir -com um 38 na testa- que o país está em diversas frentes caminhando nessa direção, mas, de outro lado, continua mergulhado em problemas quase "infantis" para uma sociedade moderna e justa.
De um lado, a pujança do Brasil. Mas, do outro, crianças sendo assassinadas a golpes de estilete na periferia, assaltos a mão armada sendo executados em série nos bairros ricos, corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui.
Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber.
Alguém consegue explicar um assassino condenado que passa final de semana em casa!? Qual é a lógica disso? Ou um par de "extraterrestres" fortemente armado desfilando pelos bairros nobres de São Paulo?
Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no "Roda Vida" da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, "Tropa de Elite" é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando.
Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita: "Cansei". O Lobão canta: "Peidei".
Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar.
Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio.
Isso não está certo.


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LUCIANO HUCK, 36, apresentador de TV, comanda o programa "Caldeirão do Huck", na TV Globo. É diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias.