29 fevereiro 2008

Sabado parte 2, o resgate

O “Day After” do primeiro dia de carnaval não era mole. Como o Gu estava em estado etílico alterado, achei por bem que ele dormisse em casa. De fato, algo mais prudente do que ele dirigir até a casa dele, que fica a poucos quilomêtros da minha.
Só que eu teria que trabalhar no dia seguinte. Acordei as onze da manhã, teria que estar dali uma hora no centro de São Paulo. Tentei despertar meu amigo. Em vão. Ele nem percebia que eu o chamava e seguiu lá, capotado.
Fui trabalhar, almocei no serviço. De lá pro estádio. Na numerada encontrei com o Digão, o Demétrius e o Rogério. Três grandes amigos, tinha combinado de assitir ao jogo com eles. Logo que viu minha cara, o Digão disse..
- Caramba (na verdade ele disse caralho), velho. Onde você passou a noite, tá com uma puta cara de acabado...
Nisso, toca meu telefone. Era o Gustavinho. Acabara de acordar, às 16 horas, ainda na minha casa...
- O Mano, que baguio foi aquele... Que será que tinha dentro do chope...
Risadas.. muitas
Voltei para casa querendo dormir.. Detonado..... Me liga uma amiga... me parece triste... carente.. me convida para ir ao cinema.. eu topo... peço meia hora para dormir... ela aceita..
32 minutos depois, ela liga de novo. Como combinamos, para me acordar. ..
Levanto.. mal de sono. Pego o carro e vou à Vila Mariana.. Não conhecia o shoping que ela escolheu... nunca tinha ouvido falar no filme... só pedi para que não fosse muito parado, eu preciso de agito para me manter acordado...
Tive sorte. Vimos “Onde os fracos não têm vez”... que dias depois ganhou o Oscar de melhor filme, pela Academia de Cinema...
Saí do cinema mais cansado ainda.. porém contente.. a companhia é boa, o filme também, apesar de ser meio confuso..
Era de dormir... ainda tinha o domingo, queria ir para São Luís do Paraitinga... sabia que algo bacana me levaria até lá;;;

23 fevereiro 2008

Sábado de carnaval

Chegamos no sambodro depois da meia-noite. Já era portanto o sábado de carnaval....
Estar com Gustavinho já é quase uma festa. O bicho nasceu maluco. Topa qualquer parada. Nesse dia, inclusive, ele tinha combinado de ir para a praia com uma amiga dele, que por sinal é minha amiga também.
E ele topou ir ao carnaval sem se quer avisar a menina. Por isso, o celular dele gritava mais que a bateria da Vila Maria. Tocava a cada dois minutos. Reolvi atender
- Oi gu.. disse ela do outro lado da linha
- É o gui... respondi
- Oi Gui, meu amor. Você está com o Gu... perguntou ela
- Miss, estou. Estamos no valório da Mãe do Duzão.... respondi com um barulho de bateria de escola de samba ao fundo.
- Você pensa que sou trouxa... retrucou
Passei o fone pro Gu, que sempre inteligente saiu com essa
- Estamos na sala do caixão, não dá para falar agora....
O carnaval seguiu. No camarote, era tudo a vontade. Mas a gente gosta mesmo é de povão. Iámos lá só para comer e beber, o desfile mesmo a gente achou melhor acompanhar na arquibancada. Sabia escolha
Nunca tomei tanto na vida. Descobri que cerveja é ruim, mas depois do terceiro copo tomo até oléo de fígado de bacalhau..
Das escolas eu não lembro muito. Mas da festa eu não vou esquecer. O gu ficou mal. Dormiu na calçada. Caiu num isopor de cerveja... E voltou a dormir na garupa da moto.
Sambamos. Conhecemos gente divertida, das quais não me lembro o nome. Rimos, como é de praxe. E vimos que doze anos depois de Porto Seguro, ainda somos uma dupla afiada.

Sexta de carnaval

Seria meu primeiro carnaval solteiro. Depois de uns sete compromissado, queria fazer coisas que por razões de não concordância dupla, não tive oportunidade de fazer. Minha primeira idéia era desfilar por alguma escola de samba de São Paulo.
Pensei em sair na Rosas de Ouro. Fui a vários ensaios. Sabia a letra do samba e tudo mais. Mas era caro, não valia a pena. Pintou a chance de desfilar na Gaviões, mas comi bola e perdi a fantasia que seria de graça. Por fim, uma amiga convidou para entrar na avenida com a Vai-Vai, mas também furou.
Sobrou uma chance de chance de ir ao camarote. O pessoal do trabalho estava cheio de esperança de que conseguiríamos umas entradas para todo mundo. Mas como minha sorte não andava boa, tinha mais gente que convite e fui barrado no baile.
Porém, às da noite da sexta me liga o Sidney (que trabalha comigo). Diz que ela não iria mais ao camarote. E que tinha dois ingressos sobrando para o Sambodromo. O problema é que o desfile começaria em meia hora.
Topei na hora. Tinha até uma amiga para levar. Mas minha escolha foi certeira. Liguei para o Gustavinho, amigo dos tempos de colégio, e ele topou na hora. Peguei a moto, encontrei com ele num bar no perto de casa. Guardamos o carro dele e fomos.
A aventura começa justamente aí. Não sou grande pilto de moto. Nunca tinha andado com alguém na garupa. E o trânsito perto do Anhembi estava uma coisa medonha. Tipo saída para feriado prolongado.
Com o Gu morrendo de medo e errando o caminho, conseguimos enfim um lugar para estocionar a moto. Os R$ 15,00 que paguei no estacionamento não era nada, já que o ingresso mesmo era de graça, na faixa.
O duro foi o tanto que a gente teve que andar entre o estacionamento e o camarote. Deixamos a moto no Campo de Marte, perto da Bras Leme. E nosso lugar na avenida era perto do final do sambodromo. Andamos da Ponte das Bandeiras até quase a outra, que não me lembro o nome...

Menino não tem medo

Tem coisas que fazem parte do nosso dia a dia e nem sempre nos damos conta. A importância de cada fato depende muito de como nós lhe damos com ele. Vou dar um exemplo para deixa mais claro.
Desde de pequeno, trato macumba com uma coisa coditiana, normal. Não tenho medo, pânico ou coisa parecida em relação à essas coisas.
Quando tinha por volta dos meus oito anos, eu costuma andar de carrinho de rolimã em uma rua paralela à minha. Descida e asfaltada, ela tinha naquela época tudo que era necessário para a prática dessa espécie de Formula 1 infantil.
A ladeira tinha duas travessas. E na esquina da primeira, bem ao lado de um poste, era comum, quase que um regra, alguém fazer “trabalho”. Pipoca, frango, e uma garrafa de bebida faziam parte da minha vida. Toda tarde, depois da aula, a tal da macumba estava lá, na espera por mim.
Acontece que, sem nenhum juizo, eu e meus amigos tratávamos aquilo tudo com um deslecho que a idade exige. Já era tão natural, que não tinhámos medo daquela encrenca toda. Estava lá todo dia. Nós, os carrinhos, a descida e a macumba.
Ficamos tão íntimos que passamos a nos aproveitar da situação. Sempre que tinha coisa nova e atraente, a gente usufruia do fato. Um gole de tubaina, um pouco de pipoca e um chute na vela passou a ser quase um ritual.
Os menos corajosos diziam que nós seríamos castigados. Os mais, diziam que erámos loucos. E nós, os malucos, duvidamos que paguemos a conta.
Tenho certeza de que meu futuro não mudaria, tivesse eu respeitado aquele trem. A tal da macumba gostou tanto de mim, que foi me encontrar anos depois.... mas isso é outra história.

16 fevereiro 2008

Os invernos têm sido longos

Sou o mesmo de sempre. Um pouco mais velho. Com os mesmos amigos de tantos anos, somado às novas figuras que apareceram de última hora... e que tem lugar cativo nesse trem
Outras histórias para contar. Mas só falo das Boas. As ruins continuam guardadas no mesmo lugar de sempre... onde pouca gente consegue chegar...
Escritor preguiçoso. Bom ouvinte de música. Lendo menos que gostaria. Com muito trabalho. Uma mochila nas costas e um sonho constante... Só me falta a viola na mão.
Mais perto do bem. Fugindo do que me faz mal.... ou tentando..
Padrinho da Marina e do Kauan. Apaixonado pela dupla Heitor e Helena. Fã incondicional do trio Re, Gu e Fá... Um filho mais diastante, mas ainda apaixonado...
Feliz por manter ao meu lado pelo menos um pedaço da família que a vida que me deu...
Ouvindo samba e musica popular... Apaixonado por sorvete.. Precisando operar a vista, urgente... ou perderei o que sobrou da esquerda.
Agora ando de moto.. talvez simbolo da mudança.. ainda me falta o Jeep... A moto, o Jeep e Paraty.. tomara seja esse meu futuro. Ou Fortaleza, quem sabe... eu aceitaria na boa
Ops... não quero mais sonhar com o futuro, o destino ou sei lá que nome tem isso.. quero levar o presente e os presentes que a vida tem me dado.
Obrigado Papai do Céu. Meu amigo e caridoso Deus. Sei da tua força e da tua presença na minha vida..Brigado Nossa Senhora de Aparecida. Popular. Brasileira e Santa....