10 junho 2008

Nem que seja numa caixa de sentimentos

Começar o dia sem poder planejar o fim. O compromisso das oito é para acertar o evento marcado para a tarde. O telefone toca as 7:50, não era despertador. Era trabalho. No café frutas e suco, faz parte dessa dieta maluca que criei e que tem me mantido bem.
Passeio na praia em frente ao mar. Passear? Não, pensar e imaginar uma solução bacana, que funcione para ambos os lados. O Gugu liga. Caramba lá se foi uma semana que eu não vi meu irmão.
O local me agrada. Plano feito, acertado e arresta aparada. Hora da leitura. Não dessa vez não vai ser o livro do mago, que me fez companhia durante as cinco horas de vôo. Quero hard-news, as últimas manter-me informado. Tão importante quanto as frutas do regime.
O meio dia chega tão rápido que me dá medo pensar que sobra uma metade das 24 horas. Salada e carne. Ando meio de mal com arros e feijão. Alias não sou mais aquele grande amigo da cozinha. O fogão então, coitado, perdeu um aliado há pouco mais de um ano.
Labuta. O plano vai bem. Dentro do imaginado. Está quase tudo pronto e resolvido. Pelo menos eu espero.
Telefone toca. É de São Paulo. Nossa, vai dar zica. Meu descanso está por um triz. Por um fio daqueles bem finos. Cassilda, ele subiu no telhado. Foi fazer companhia à dupla Cazuza e Sena.
Cinqüenta minutos de carro. Nada de paisagens de cartão postal. Ruas normais, como aquelas que vejo todo dia. Chego a pensar que Guarulhos veio até aqui comigo. Escuro, murro sujo, rua estranha. Nada de pria.
Confusão. Mais uma boa pegada de trabalho.
Hora de voltar, é tarde. Quase uma hora de estrada. O telefone ficou sem bateria. A salada do almoço segue heróica e solitária missão de manter-me são. Vou de lanche. Com batata frita. Isso não faz parte da dieta.
Fujo da conversa pós. Vou à máquina. Encontro amigos. Falo de mim. De medo e preocupação com o parceiro dos tempos de faculdade. Encontro a companhia mais comum dos últimos tempos. Falamos juntos. Dor dela, encanto meu.
Hora de parar. Amanhã? Ainda não sei. Pro final da semana, a vontade de ver as crianças e amigos. O compromisso de cuidar da tristeza dele. Tem a prima querida. O namorado dela. Tem trabalho. Vai ter caber tudo isso. Nem que seja numa caixa de sentimentos.