16 maio 2008

Nove dias fora

Fazer as malas. Juntar um pouco de roupa, colocar o livro na bolsa. Não esquecer do computador. Levar a máquina fotográfica, quando der. Respirar fundo. Beijar meus pais. Ligar pros irmãos e sobrinhos. Dar um alô pros amigos.

Partir. Viver hora longe e outra perto tem vantagens e dores. Conhecer lugares, sabores, sotaques e sorrisos. Mas sente falta de casa, do sorriso e do abraço dela, do papo com os amigos. Sem domingo livre, saudade do futebol de sábado e do vinho do meio da semana.

Falta tempo pras crianças. O afilhado tem um ano e pouco, em breve vai começar a falar e talvez demore para associar a palavra padrinho à minha figura.

O visual da praia do futuro paga uma parte da conta. O peixe assado na chapa também ajuda com algum trocado. As emoções vividas e conhecidas na estrada me dão a certeza de que não precisarei pedir fiado. Talvez não seja tão duro.

Nove dias diretos?? Tinha dois aniversários, pai e filho. Amigos queridos. Vai ser parabéns por telefone. Eles entendem. Casa cheia não é sinal de amizade. Aprendi bem.

Brasía, Rio de Janeiro e Natal. O pé na estrada. A cabeça em tantas coisas. O coração tranquilo e sereno. Uma chance de ouro. A coragem, a satisfação e a realização de um sonho. O Pier é lindo. A Lagoa é linda. A capital me pareceu charmosa.... vale a pena...