23 dezembro 2009

O meu injusto balanço de 2009

Fazer um balanço do ano para mim é sempre cometer uma enorme injustiça. Eu não consigo lembrar de muita coisa, e acabo sempre por deixar fatos marcantes e importantes de fora. E o pior: acabo por listar alguns que não tem grande valor. Ou seja, minhas vagas lembranças não são lá muito seletivas.
Mesmo assim, vou tentar ver o que lembro.
Meu pai está melhor de saúde. Não sei dizer ao certo se ele voltou a ter crises de depressão esse ano. Mas é fato que ele chega ao final da temporada em grande fase. Dezesseis quilos mais magro, com o diabete controlado. Trabalhando e presente em casa.
Minha mãe virou guerreira. Assumiu papéis que não eram dela. Sonha com a casa nova. Pinta, borda e cria. Curte as meninas que não teve como filhas, mas que Papai do Céu lhe deu em abundancia como netas.
Ganhei a Malu, uma menina linda, cheia de saúde e que, com parcos nove meses, já tenta os primeiros passos. O primeiro ano completo da Marina a colocou na fase mais linda da vida. O aprendizado constante é mágico, apaixonante e acaba com meu coração.
Bons amigos voltaram para mais perto. A curtição ao lado deles foi fato marcante, se bem que de uns meses para cá eu fiquei um tanto mais recluso. E os grandes momentos com eles foram mais presentes no primeiro semestre.
Depois de uma justa e necessária temporada sozinho, parece chegada a hora de tentar a companhia novamente. Por acaso, como gosto que seja, a vida me deu provas que era hora de tentar.
Operei a vista. Comprei o carro. Mas segui com a moto. Perdi a Lua, valorizei o Fred. Viajei a passeio. Trabalhei muito, como sempre. Não lembro ter chorado. Ri demais. Fui Tio, quase uma rotina.
Bebi com os amigos. Comi demais com eles. Voltei a nadar. E lá se foram cinco quilos. Emprestei minha cama. Perdi o reinado. Dormi no chão, na sala, e fora.
Curti o melhor carnaval do mundo. Não fiz a festa de 30 anos, com o samba e tudo, como queria.
Melhorei. Tenho orgulho da minha história. Entendo melhor meus erros. E tento os respeitar demais. Sem eles não seria esse meu caminho. Não ligo que apareçam as primeiras rugas e os cabelos brancos.
Me chatearia não ter história para contar.

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