15 março 2010

Hora de voltar ao Paraguai

Sei lá quantos anos depois, amanhã é dia de voltar ao Paraguai. Tenho dúvidas se usei o verbo mais adequado dado o enorme espaço entre minha última ida ao país vizinho, reino dos produtos mais baratos.
O que a memória me permite lembrar, e lá se vão pelo menos quinze anos, o ônibus vinha de Mogi das Cruzes, no Alto Tiête, já cheio de gente. Meus pais, eu e mais uma boa dose de amigos os aguardávamos já com os lugares reservados.
Era sempre noite de sexta-feira quando nosso vôo rasteiro deixava para trás a amada Guarulhos e colocava o prumo para o Sul. Umas 12 horas (às vezes 15) de estrada separavam a capital financeira do Brasil da cidade dos preços baixos.
Não existiam tantas opções em aparelhos eletrônicos. A moda eram os carrinhos de ferro, as canetas de todos os tipos. Os Mega-Drive (com os dizeres da caixa escritos em japonês) e coisas do tipo.
Professores de amor e ofício, meus pais não viviam disso. Mas é fato que as viagens até o Paraguai ajudavam a completar a renda e facilitavam a criação de quatro filhos. Razão pela qual as sacolas voltavam sempre repletas de novidades para os vizinhos.
Passou-se o tempo. Meus pais, graças ao bom Deus, não precisam mais sustentar os filhos. Foram todos bem criados, formados e entregues ao mundo. A distância segue a mesma, mas o meio de transporte cumpre a tarefa com muito mais agilidade.
Quando entrar no Paraguai, vou agradecer ao país por ter de alguma forma ajudado na minha formação.

Um comentário:

Bia disse...

amo ler isso aki!
pena q não escreve com tanta frequência!
saudades neguinho!
bjs