23 fevereiro 2008

Sábado de carnaval

Chegamos no sambodro depois da meia-noite. Já era portanto o sábado de carnaval....
Estar com Gustavinho já é quase uma festa. O bicho nasceu maluco. Topa qualquer parada. Nesse dia, inclusive, ele tinha combinado de ir para a praia com uma amiga dele, que por sinal é minha amiga também.
E ele topou ir ao carnaval sem se quer avisar a menina. Por isso, o celular dele gritava mais que a bateria da Vila Maria. Tocava a cada dois minutos. Reolvi atender
- Oi gu.. disse ela do outro lado da linha
- É o gui... respondi
- Oi Gui, meu amor. Você está com o Gu... perguntou ela
- Miss, estou. Estamos no valório da Mãe do Duzão.... respondi com um barulho de bateria de escola de samba ao fundo.
- Você pensa que sou trouxa... retrucou
Passei o fone pro Gu, que sempre inteligente saiu com essa
- Estamos na sala do caixão, não dá para falar agora....
O carnaval seguiu. No camarote, era tudo a vontade. Mas a gente gosta mesmo é de povão. Iámos lá só para comer e beber, o desfile mesmo a gente achou melhor acompanhar na arquibancada. Sabia escolha
Nunca tomei tanto na vida. Descobri que cerveja é ruim, mas depois do terceiro copo tomo até oléo de fígado de bacalhau..
Das escolas eu não lembro muito. Mas da festa eu não vou esquecer. O gu ficou mal. Dormiu na calçada. Caiu num isopor de cerveja... E voltou a dormir na garupa da moto.
Sambamos. Conhecemos gente divertida, das quais não me lembro o nome. Rimos, como é de praxe. E vimos que doze anos depois de Porto Seguro, ainda somos uma dupla afiada.

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