08 outubro 2007

Ele me empurra

Quando bem novo e pequeno, festa na minha rua era sinônimo de samba. Praticamente todas as festas tinham um batuque para alegrar o clima e espantar a tristeza. Nenhum deles eram músicos. As vezes tinha um cavaquinho (que tocava umas 3 ou 4 notas), o Joãozinho na Timba, alguém com chocalho ou pandeiro e todo mundo cantando.
Na ausência de um cavaquinho, acontecia do mesmo jeito. A preocupação não era a qualidade musical. Era a forma que meus vizinhos tinham de cantar e se alegrar entre eles. Valia até tocar num banco de plástico, que até hoje tenho em casa.
As festas paravam há muito tempo. A idade foi chegando e aqueles jovens pais, hoje tão tem mais o pique de antes. O Joãozinho também se foi. Tens alguns anos, foi fazer musica com sua inseparável timba ao lado do papai do céu.
Mas era tudo tão gostoso que nunca saiu da minha lembrança.
Talvez por isso, o samba tenha um poder incrível que elevar meu astral e de me deixar mais contente. Nos últimos tempos tenho recorrido bastante a ele para fazer-me espantar uma tristeza chata e insistente que cisma de ser minha amiga.
Baixei Paulinho da Viola na internet. Fui em ensaio de escola. Voltei a ouvir meus discos do Zeca, largados há tempos.
Junto que com meus bons amigos e parentes, o samba me empurra para frente e não me deixa parar.




“Quando tudo parece que estar perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é bom amigo
Quem tá contigo quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo
E também a gostar de quem gosta de mim”

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