06 outubro 2007

Pai Nilson?

Semana passada o Corinthians recorreu aos trabalhos de um tal Pai Nilson para espantar a má fase que ronda o clube. Segundos os dirigentes do clube, depois de feito o serviço, viria um tempo de calmaria e bonança. Macumba, trabalho ou sei lá como chama isso, o fato é que esse tipo de serviço tem enorme espaço na cultura brasileira.
Recorro mais uma vez aos meus tempos de menino para ilustrar essa história.

Costumávamos andar de carrinho de rolimã, numa rua duas quadras abaixo da minha. Era uma ladeira de asfalto, que na época com baixo fluxo de carro.
Na esquina que dávamos partida, era normal ter sempre um trabalho junto ao poste. Não sei exatamente a razão, mas é fato que durante muito tempo alguém usou daquele cruzamento para ser lugar sagrado.
Como éramos meio malucos, não tínhamos medo daquele negócio que sempre juntava uma bacia com comida, algum tipo de bebida e umas velas. Era comum a gente comer pipoca, beber Tubaina, ou mesmo chutar aquela oferenda toda.
Para completar a seção de maluquices, enfrente a essa esquina havia uma pequena igreja de sei lá qual religião. Certa vez, eu e meus amigos descobrimos por acaso um estoque de refrigerante no local.
Estávamos brincando por lá, resolvemos pular dentro do salão de festa e encontramos nossa bebida preferida. Confesso, que abrimos umas garrafas e desfrutamos da iguaria.

Que esquina boa. Pipoca de um lado e refrigerante do outro. Entre os dois, uma animada corrida de carrinhos de rolimã.

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