03 setembro 2007

Patavinha

Semana passada foi publicada pela revista Forbes, uma lista com 50 mulheres mais poderosas do mundo. A vencedora da honraria foi a premiê alemã Angela Merkel, que ultrapassou, entre outras, a secretária de estado dos EUA Condoleezza Rice.
Sabe o que muda com a lista publicada pela Forbes?
Nada. Patavinha. Pelo menos para mim.
Não sei de onde surgiu esse tesão que se tem por lista. Tudo hoje em dia tem que estar no ranking dos melhores. As Maravilhas do Mundo. Os Melhores Restaurantes. Os mais ricos do Universo. Os mais bem pagos do cinema, esporte, televisão.
Talvez eu seja burro demais, mas não consigo comparar certas coisas.
Por exemplo, eu posso fazer uma lista dos meus 10 melhores amigos. Nunca contei para saber quantos são. E nem tão pouco posso dizer qual deles está na frente no meu ranking dos prediletos. São todos amigos e ponto.
Não sei qual a minha comida preferida. Sei quais as que gosto, mas se me derem Purê de Batata todo dia, ele vai cair na minha cotação.
Não sei qual foi o dia mais feliz da minha vida. Não sei qual meu irmão ou sobrinho preferido. Não tenho certeza de qual foi minha melhor viagem, nem minha melhor atuação em partida de buraco.
Não sei qual foi os beijos e olha que nem foi um grande beijoqueiro. Lembro dos grandes abraços, mas não posso dizer qual deles foi o mais gostoso. Seria uma grande injustiça que faria com todos os outros.
O filósofo tinha razão quando disse: Tudo que sei é que nada sei.
No meu caso, sei pouca coisa. E essas eu guardo só para mim.

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