27 agosto 2007

Ufa

Eu queria ser louco. É verdade. Maluco, mas não desses que andam pela rua, vivendo a margem da sociedade, implorando por ajuda alheia.
Queria ser biruta, para ter coragem de fazer coisas que não tenho. Ser mais desprendido. Deixar de respeitar certas ordens e consensos universais do bom comportamento social.
A primeira coisa que faria, seria confessar que morro de medo altura. Que brinquedos altos de parques de diversões até me divertem, mas é uma luta para que eu não tenha um ataque nervoso.
Minha segunda ação seria só trabalhar de bermuda em dias quentes. Pó, é uma ignorância a gente usar calça em dias de Sol, ainda mais para mim um calorento.
Também não iria mais combinar roupa. Dane-se se a camiseta não é parceira da calça (bermuda no caso), e nem ligo se está última se dá mal com o calçado. Roupa é como música, é um estado de espírito. Uma forma de expressão. Acho um saco usar algo que combine, mas que não comunique o que sou naquele dia.
Estava pensando sobre isso com uma amiga, quando disse à ela:
- Poxa, eu queria ser louco.
E ela respondeu:
- E você não é?

Que alívio

2 comentários:

anafaccin disse...

Gui vc é louco!
Artista e louco!
Mil beijocas!!!

Conrado Giulietti disse...

Cara, estamos juntos nessa!! Roupa do jeito que der...
Sabes que certa vez fui a um casamento de terno e tênis?? Até hoje sofro represálias!
Outra coisa: bermuda, FUNDAMENTAL. Uma vez em Maceió discuti com o fiscal do estádio pois fui obrigado a trabalhar (em pleno verão de 40 graus) de calça!!